A FALTA DE ÁGUA EM SP E O QUE NOS ENSINA O PROFETA JEREMIAS
Não adianta clamar por
misericórdia se não houver mudança de comportamento e de consciência social A
água possui um “simbolismo” muito forte nas Escrituras Sagradas. A água tanto pode representar benção, vida,
descanso, sinal da presença de Deus. Como também pode representar morte, caos,
destruição e ausência de Deus.
Para um povo que vivia em regiões desérticas e
semi-áridas, a água sempre era um sinal de benção de Deus. No livro de Genesis
podemos notar que a água criou o “ambiente uterino” adequado para a criação
divina, o Espírito “pairava”, isto é, gestava esta água para potencializar vida
criativa e abundante sobre o planeta.
O Éden era regado por
quatro grandes rios. Deus abriu as
águas do mar vermelho para salvar o povo de uma perseguição terrível. Abriu as
águas do Jordão para a passagem da arca da aliança.
Jesus é revelado Filho
amado de Deus, em seu batismo, nas águas do Jordão. O primeiro milagre de Cristo foi transformar água em vinho. Em sua
conversa com a mulher samaritana afirma que ele daria-lhe a água da vida. Jesus
afirma no Evangelho de João que aquele que Nele crê, do seu interior fluem rios
de águas vivas.
Paulo afirma que Cristo é o
rochedo espiritual da qual sai água espiritual. Apocalipse afirma que a voz dos que adoram o Cordeiro é como o som de
muitas águas, enfim, água possui uma característica simbólica em toda a Bíblia
de benção, de vida eterna, de gratidão e adoração ao Senhor.
Mas paradoxalmente, foi
através da água que Deus trouxe juízo aos povos primitivos através do dilúvio. Foi deflagrado sobre o Egito uma maldição de dez
pragas começando pelas águas do Nilo. Elias orou e os céus não deram suas
chuvas sobre Israel, e os períodos de intensa seca, sempre foram vistos como
uma espécie de maldição divina anunciado pelos profetas do Antigo Testamento.
Desde o útero materno aprendemos que a água é
essencial. O fato é que todo ser vivo deste planeta depende de água pra
sobreviver. Nosso corpo é constituído de 70% de água, não conseguimos passar
mais do que quatro dias sem este líquido precioso. A água está ligada
diretamente a nossa salvação, tanto espiritual, como física e biológica. E aqui
eu quero me ater um pouco. Vamos lá:
Antonio Carlos Zuffo,
especialista em recurso hídricos alerta que a engenharia ambiental já esgotou
todas as possibilidades de solucionar a crise de falta de água em São Paulo. Má gestão, inúmeros alertas ignorados e interesses
políticos levam a cidade e o estado paulista à maior crise hídrica da sua história.
Segundo o estudioso só nos
resta “rezar” para Deus enviar chuva
Também o presidente do
conselho mundial de água, Benedito Braga, explica a crise paulista em três
pilares:
1. a situação climática tem o menor nível de chuva no período nos últimos cem
anos.
2. Os consumidores não usam
os recursos hídricos conscientemente.
3. Falta de planejamento administrativo
do governo e alerta da situação à população do estado.
Existe um efeito dominó que
será visto nas próximas semanas por conta da escassez da água e do racionamento
gradativo. Vejamos:
- Desemprego em massa
devido a falta de produtividade das indústrias por conta do racionamento em
diferentes setores.
- Inúmeras doenças,
“viroses” e problemas instestinais devido a falta de saneamento adequado do
chamado “volume morto”, criando outra crise na saúde, hospitais e ambulatórios
que já trabalham sobrecarregados.
- Dispensa de aulas nas escolas públicas ou particulares prejudicando o
planejamento do ano letivo.
- Saúde, educação, trabalho, turismo, etc. Inúmeras áreas da sociedade paulista serão prejudicadas por conta da
falta de água. Vamos lembrar também que esta cidade carrega o fardo de 35% do
PIB nacional, e em certo sentido tudo isso afetará o Brasil inteiro.
O fato é que São Pedro é inocente, o volume morto está morrendo e a Sabesp
fatura por ano aos seus acionistas (pois ela tem capital aberto na Bolsa de
Nova York) 11 bilhões de lucro líquido, só em tarifas cobradas dos
consumidores. Será que estamos debaixo de maldição? Sim, estamos! E aqui eu
apelo para as Escrituras Sagradas novamente. Vejam estes textos
impressionantes:
"Olhe para o campo e veja: Há algum lugar
onde você não foi desonrada? À beira do caminho você se assentou à espera de
amantes, assentou-se como um nômade no deserto. Você contaminou a terra com
sua prostituição e impiedade. POR ISSO AS CHUVAS FORAM
RETIDAS, E NÃO VEIO CHUVA NA PRIMAVERA. Mas você, apresentando-se declaradamente como
prostituta, recusa-se a corar de vergonha. (Jeremias 3:2-3).
Essa fala de Jeremias
mostra a razão pela qual Deus impediu as chuvas sobre Judá. O comportamento de seus moradores! Eles não se
quebrantaram diante das pregações de arrependimento de Jeremias, eles eram
comparados a uma prostituta. Não havia constrangimento, não havia culpa, não
havia consciência, não havia quebrantamento.
Assim também a nossa cidade
(moradores) se comporta dia após dia. Indiferente
ao clamor do pobre, com suas cadeias lotadas, com suas favelas incendiadas,
apenas correndo atrás do dinheiro e do consumo desenfreado. Os índices de
violência, tráfico, latrocínio, prostituição infantil, trabalho escravo,
miséria, abortos, corrupção, etc, a cada ano atingem índices alarmantes. Não adianta clamar por misericórdia se não
houver mudança de comportamento e de consciência social.
Outro texto do profeta
Jeremias que me impressiona diz: “Entre
os ídolos inúteis das nações, existe algum que possa trazer chuva? Podem os céus,
por si mesmos, produzir chuvas copiosas? Somente tu o podes, Senhor, nosso
Deus! Portanto, a nossa esperança está em ti, pois tu fazes todas essas
coisas.” (Jeremias 14:22).
A QUEM CLAMAR? AO GOVERNADOR? AOS
CÉUS? A SABESP?
Não! Não nos resta nenhuma dúvida diante de
afirmações tão claras. Deus é o Dono e Senhor da natureza, e somente Ele poderá
nos livrar de tamanho caos. É hora de exercermos nossa fé. Jeremias nos ensina
a colocar a esperança no Senhor. É tempo de orar como fizeram inúmeros judeus
em Israel em 2010, eles se arrependeram como nação diante do Senhor e Deus
enviou a chuva para o fim de ano mais seco da história moderna daquele país
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