Uma mulher muçulmana que buscava exílio de seu país, Afeganistão,
revelou como se converteu ao cristianismo durante a viagem de barco à
Europa.
Durante uma tempestade, ela e outras 65 pessoas estavam espremidas na
embarcação, sem comer ou beber há três dias, quando veio a constatação
desesperada: “Nós vamos morrer”. Ela e outras pessoas passaram a fazer
preces a Alá, pedindo por sobrevivência.
No meio do terror da tempestade, o barco mergulhou de bico, jogando
todas as pessoas numa única direção. Nesse momento, lembrou de partes de
uma conversa que teve com sua irmã, cristã, na Austrália, e com seu
irmão, também cristão, na Alemanha.
Nesse momento, a mulher lembrou das cenas de um filme sobre Jesus que
ela havia visto, e orou a Deus, clamando por livramento: “Se permitir
que eu e meus filhos sobrevivamos, irei a uma igreja assim que chegar a
terra firme”, disse ela.
Ao terminar a frase, o barco se endireitou, e as pessoas que estava à
bordo comemoravam a sobrevivência ao susto. No entanto, a mulher sentia
no coração que aquele livramento era resultado da intervenção divina.
Na sequência, uma embarcação grega aproximou-se e os tripulantes
passaram a jogar garrafas de água para os refugiados. O barco em que
viajavam foi guinchado em segurança até à praia, onde os passageiros
foram atendidos, recebendo roupas secas, comida e abrigo.
Quando pôde, a mulher foi a uma igreja, como cumprimento de seu voto.
Uma cerimônia de casamento estava sendo celebrada, então ela sentou e
assistiu. Na semana seguinte, foi a outra igreja, sentou nos fundos e
assistiu ao culto, mesmo sem entender nada. Na terceira visita a uma
igreja diferente, embora não compreendesse o que era dito, sentia-se em
paz, e achou isso bom.
Nesse lugar, ouviu falar de um centro de refugiados afegãos, onde
seus compatriotas recebiam assistência. Ao chegar ao local, notou que
era uma instituição mantida por uma igreja cristã. Voluntários
entregaram um exemplar da Bíblia no idioma afegão, e ela pôde conhecer
os ensinamentos cristãos, como amor ao próximo, perdão aos inimigos,
virar a face, entre outros.
A refugiada passou a comparar esses princípios com os ensinamentos de
sua antiga religião, e assim, começou a sentir-se atraída pelo Jesus
que aqueles voluntários pregavam. Depois de quatro meses, tomou a
decisão de aceitá-lo como Salvador, e lembrou de seus familiares que
haviam se convertido ao Evangelho.
A vida num país diferente do seu, embora difícil, começava se mostrar
menos incerta, pois sentia que Deus respondia suas orações. “Da
tempestade no mar para a paz no meu coração, eu sou verdadeiramente
grata! Louvado seja Deus”, disse a refugiada, agora convertida, ao
Assist News Service.
Bruce McAtee, diretor do Centro de Refugiados do Hellenic Ministries,
onde a mulher recebeu assistência, comentou a história de vida e
testemunho da refugiada: “Depois disso, essa mulher se juntou a sua
família na Suécia, no mês passado. Antes de sair, ela deu seu testemunho
na igreja e eu tive o privilégio de batizá-la. Foi um momento poderoso
como saiu da água com lágrimas e orações. Ela deixou a Grécia com um
fardo e uma convicção para compartilhar com outras pessoas sobre esta
nova vida de esperança, paz, amor, perdão, e tudo o que é encontrado em
Cristo”.
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