A presidente Dilma Rousseff realizou na última semana uma manobra
para cooptar apoio de políticos evangélicos para sua reeleição nas
próximas eleições. De acordo com o portal iG, a estratégia da presidente
foi orientar a base no Senado a ceder ao desejo dos religiosos e não
votar neste ano a PLC-122, motivo de inúmeras polêmicas entre políticos
evangélicos e ativistas gays.
A ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, foi a
responsável por entrar em contato com os senadores por telefone, e
orientou bancada a só votar a proposta depois das eleições, o que seria a
condição imposta por evangélicos em troca de apoio para a reeleição da
presidente.
Palco de constantes embates políticos entre parlamentares evangélicos
e ativistas gays, as discussões a respeito da PLC-122 não geram
consenso nem mesmo entre senadores da base ou entre senadores do próprio
PT que integram a comissão.
Segundo o iG, a rejeição ou adiamento da votação da proposta como
condição para apoiar a candidatura de Dilma Rousseff foi apresentada ao
Planalto por senadores ligados a igrejas evangélicas, como Magno Malta
(PR-ES). O senador, que também é pastor de uma igreja batista, reafirmou
sua oposição ao projeto, e criticou a presidente por descumprir
promessas feitas a lideranças evangélicas.
- Não adianta na época de eleições tomar café com pastor, visitar as
igrejas e depois de eleitos, defenderem projetos contra a família, da
forma que foi concebida por Deus. Nós vamos nos posicionar contrários
aos políticos que defendem essa ideologia homossexual. No segundo turno
das eleições, andei este país inteiro com a Dilma, mas agora ninguém vai
me usar mais – afirmou Malta.
Já aprovado na Câmara, o projeto ainda terá que ser aprovado pela CDH
e pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, e antes de
chegar ao plenário da casa.
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