terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Líderes evangélicos traçam estratégias para aumento de representantes no Congresso e se tornam alvo dos candidatos aos governos

Líderes evangélicos traçam estratégias para aumento de representantes no Congresso e se tornam alvo dos candidatos aos governosAlém de projetar um crescimento de aproximadamente 30% dos seus integrantes, a bancada evangélica vem traçando estratégias junto a pastores para que a meta se cumpra. Líderes evangélicos de todo o país, como Silas Malafaia, R. R. Soares, Edir Macedo, Valdemiro Santiago e Manoel Ferreira já se articulam para colocar em prática o projeto que faria a bancada evangélica atingir aproximadamente 20% das 513 vagas da Câmara dos Deputados.
O pastor Silas Malafaia, que lidera a igreja Assembleia de Deus Vitória em Cristo (ADVEC, 120 templos e 40 mil membros) explica o motivo de a liderança evangélica desejar aumentar sua representatividade no Poder Legislativo: “No Congresso, temos 800 projetos de lei tramitando que detonam os princípios e os valores cristãos. É o Congresso que faz as leis”.
Além disso, estes mesmos líderes têm sido procurados por candidatos a governos estaduais. O principal cenário de disputa entre eles é o Rio de Janeiro, onde Malafaia apóia o petista Lindbergh Farias, enquanto que Macedo recomenda o voto em Marcelo Crivella (PRB), e o deputado Anthony Garotinho (PR) conta com o apoio de outras lideranças evangélicas no estado e, até agora, se mantém à frente nas pesquisas de intenção de votos. O candidato Luiz Fernando Pezão (PMDB), apoiado pelo atual governador, receberá suporte do bispo Manoel Ferreira, principal liderança da Assembleia de Deus em Madureira.
Malafaia diz ter sido procurado pelo governador Sérgio Cabral (PMDB) para apoiar seu candidato, Pezão, porém negou: “Falei ao Pezão com honestidade. Não tenho nada contra ele. Nunca falarei mal dele na campanha. Mas eu disse: ‘Pezão, lamento dizer. Você representa o governador Sérgio Cabral. E o Cabral não cumpriu nenhum acordo. Ao contrário: fez de tudo para beneficiar a causa gay no Legislativo. Agora, se ele quiser votos, que procure os gays’”.
Uma coisa em comum entre a maioria dos líderes evangélicos é o desejo de ver a presidente Dilma Rousseff (PT) derrotada em sua tentativa de reeleição, de acordo com o jornal O Globo. A avaliação é de que a presidente não cumpriu sua palavra com os evangélicos em questões como o aborto, por exemplo. Malafaia, sob a justificativa de querer ver a “alternância do poder”, apoiará Eduardo Campos (PSB) e Marina Silva, evangélica e missionária da Assembleia de Deus.
O senador Magno Malta (PR), pré-candidato à presidência da República, e o pastor Everaldo Pereira (PSC) até agora não anunciaram ter recebido apoio de nenhuma liderança evangélica representativa a nível nacional.

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