O Ministério da Educação divulgou nesta segunda-feira (20) pela manhã
a primeira lista de selecionados com bolsas de estudos do Programa
Universidade para Todos (Prouni) no primeiro semestre de 2014.
Os aprovados deverão apresentar a documentação nas universidades em
que conseguiram a bolsa entre esta segunda e a sexta-feira (24). Caso
sobrem bolsas, o MEC fará uma segunda chamada no dia 3 de fevereiro.
Nesta edição, o programa recebeu 1.259.285 candidatos - número
recorde -, segundo balanço divulgado pelo Ministério da Educação no
sábado (18). O número de inscrições chegou a 2.424.354. Cada candidato
pode fazer até duas opções de instituição e curso. O prazo de inscrição
terminou às 23h59 de sexta-feira (17).
O programa do governo federal oferece bolsas de estudos em faculdades
particulares do país que podem chegar a R$ 8 mil. Segundo o MEC, nesta
edição estão disponíveis 191.625 bolsas de estudo, sendo 131.636
integrais (o governo paga 100% da mensalidade) e 59.989 parciais (50%).
As bolsas integrais são colocadas à disposição dos candidatos com
renda familiar bruta mensal per capita de até 1,5 salário mínimo. Para
as bolsas parciais, o valor da renda deve ser de, no máximo, três
salários mínimos.
Bolsas de até R$ 8 mil
Os cursos de medicina têm
as mensalidades mais altas com oferecimento de bolsas de estudos. O
valor da bolsa pode chegar a quase R$ 8 mil, como é o caso do curso de
medicina da Universidade de Marília (Unimar), no interior de São Paulo. A
instituição terá 16 bolsas integrais para o curso. A mensalidade para
esse curso na Unimar custa R$ 7.998,14.
Em seguida, entre as bolsas de instituições com as mensalidades mais
caras, aparecem a Universidade do Ceuma (Uniceuma), de São Luís (MA),
que tem cinco bolsas integrais e nove parciais para medicina, com
mensalidade de R$ 6.036,90; a Universidade do Oeste Paulista (Unoeste),
com 14 bolsas integrais e mensalidade de R$ 5.950,00; e a Universidade
Cidade de São Paulo (Unicid), que oferece três bolsas integrais e seis
parciais em medicina, cuja mensalidade é de R$ 5.949,00.
Os cursos com o maior número de bolsas oferecidas são os de
administração (21.252), pedagogia (14.773) e direito (13.794). Além
disso, mais da metade das bolsas disponíveis está em São Paulo.
Opção ao Sisu
Para participar do Prouni, o aluno
não pode ter tirado zero na redação do Enem e precisa ter nota superior
a 450 pontos. O programa é uma opção para quem não foi aprovado no
Sistema de Seleção Unificada (Sisu), mas quer fazer faculdade particular
com mensalidade paga pelo governo federal. Pode participar o estudante
brasileiro que ainda não tem diploma de curso superior, que tenha feito o
Enem em 2013 e atenda a pelo menos uma das condições a seguir:
I - Tenha cursado o ensino médio completo em escola da rede pública;
II - Tenha cursado o ensino médio completo em instituição privada, na condição de bolsista integral da respectiva instituição;
III - Tenha cursado o ensino médio parcialmente em escola da rede
pública e parcialmente em instituição privada, na condição de bolsista
integral da respectiva instituição;
IV - Seja pessoa com deficiência;
V - Seja professor da rede pública de ensino, no efetivo.
Para os concorrentes à bolsa parcial, há ainda os benefícios do Fundo
de Financiamento Estudantil (Fies). O candidato poderá fazer um
empréstimo, a juros baixos, para custear os outros 50% da mensalidade do
curso, sem a necessidade de ter um fiador. Para isso, é necessário que a
instituição para a qual o aluno foi selecionado tenha firmado um termo
de adesão ao Fies e ao Fundo de Garantia de Operações de Crédito
Educativo (Fgeduc).
Além disso, é permitida às instituições a realização de um processo
seletivo próprio para os candidatos pré-selecionados no Prouni. Essa
informação é fornecida ao candidato no momento da inscrição. Nesses
casos, as universidades que optarem por fazer um processo de seleção
próprio deverão comunicar formalmente os estudantes – no prazo máximo de
24 horas após a divulgação dos resultados das chamadas – sobre a
natureza e os critérios de aprovação. Esses pré-requisitos não poderão
ser mais rigorosos do que aqueles aplicados aos alunos selecionados em
seus processos seletivos regulares (via vestibular). Também é vedada a
cobrança de qualquer tipo de taxa para a realização de uma seleção
própria.
Fonte: G1.com
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