O ex-muçulmano Dolimuddin, que se converteu ao cristianismo em 2003
revelou recentemente ao Ministério Portas Abertas como um episódio de
violência cometido contra ele por causa de sua fé o permitiu demostrar o
perdão e expressar sua fé publicamente.
Morador do distrito de Thakurgaon, ao norte de Bangladesh, Dolimuddin
conta que no dia 29 de agosto de 2013 recebeu uma visita de quarto
muçulmanos, que foram à sua porta pedir explicações a respeito de sua
conversão, e chegaram a pedir-lhe dinheiro, para que não fosse agredido.
Segundo ele, isso aconteceu porque na mente dos moradores à sua volta,
era impossível que um seguidor do profeta Maomé se tornasse um seguidor
de Jesus Cristo.
- Foi difícil para as pessoas da minha comunidade compreenderem e
aceitarem que um imã pode se tornar cristão. Eu estudei o Alcorão e
sabia muito sobre o Islã. Os muçulmanos tinham medo de que eu usasse
esse conhecimento para convertê-los. Eu fui atacado muitas vezes para
ser impedido de compartilhar o meu testemunho – afirmou Dolimuddin, ao
Ministério Portas Abertas.
Segundo Dolimuddin, os quarto homens que foram à sua porta o chamaram
de “ovelha negra”, o que implica que ele trouxe vergonha para o Islã, e
que ele era amaldiçoado por deixá-lo. Afirmando que tinham como
objetivo demonstrar bondade, os homens pediram a ele 120 mil tacas (o
equivalente a 3.630 reais), para que não fosse agredido e expulso de sua
casa. Com sua recusa a pagar esse valor eles o agrediram brutalmente, o
deixando à beira da morte.
Ele conta que depois de acordar em um hospital, um amigo levou a
denúncia de sua agressão à polícia. Depois de recuperado, ele se
encontrou com seus agressores em uma reunião da comunidade, juntamente
com o presidente do conselho do sindicato local, um funcionário da
aldeia, e do policial que o havia aconselhado a abrir um processo contra
seus agressores.
Foi então que o presidente pediu a ele que não abrisse o processo, e afirmou que seria tomada uma solução pacífica.
- Eu sei que vocês, os cristãos, são pessoas de paz. Vocês odeiam brigas e perdoam – afirmou o presidente.
Então, os quatro muçulmanos assinaram uma declaração oficial de que
não fariam mal a Dolimuddin no futuro e, se o fizessem, seriam cobrados
imediatamente. Por sua parte, Dolimuddin declarou-se um seguidor de
Cristo e que sua escolha foi um ato de livre-arbítrio.
- Pelo menos eles entenderam que o que eles fizeram para mim foi
errado e prometeram não fazê-lo novamente. Embora o meu corpo ainda
sinta dor, e eu não tenha dois dentes da frente, estou feliz porque,
finalmente, depois de dez anos, eu posso expressar a minha fé
abertamente – afirmou.
- Por causa do que aconteceu os meus vizinhos, o presidente do conselho,
e agora, até mesmo a polícia, me reconhecem como cristão. Eles não
estão mais confusos sobre a minha identidade espiritual – completou
Dolimuddin.
Nenhum comentário:
Postar um comentário